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quinta-feira, 9 de julho de 2009

Cassino


O outro lado de Vegas

Um filme extraordinário, com um roteiro envolvente e uma história bem tramada. Contando com a direção do grande Martin Scorsese e participação dos atores Robert De Niro, Joe Pesci, Sharon Stone. Os bastidores da grande cidade de Las Vegas, e o submundo do crime organizado.

Lembro que quando lançaram assisti essa obra com o meu pai, e guardei na memória como um grande filme, recentemente tive oportunidade de rever e trazer esta dica aos amigos.

Através de três personagens básicos: um diretor de cassino (Robert De Niro) com um passado comprometedor; uma prostituta de alta classe (Sharon Stone), que dominava a todos, menos o seu cafetão; e um gângster (Joe Pesci), que tomava conta do diretor do cassino e passa gradativamente, a seguir os passos dela, é criado um painel de Las Vegas dos anos 70, quando a Máfia controlava o jogo, até o gradual surgimento das grandes corporações, que ficaram no lugar das quadrilhas e transformaram a cidade em uma Disneylandia.

Elogiar Martin Scorsese e Robert De Niro é fácil, então eu vou pular essa parte. Vou direto ao ponto que fazem de Cassino uma das obras mais subestimadas da década de 90. Além dos dois astros citados anteriormente, o filme possui muitos outros valores, que, sem os quais não seria o grande filme que foi. Joe Pesci é um deles, o baixinho pegou o papel para ele e respondeu positivamente. O personagem de Pesci é um gângster tão cruel e frio quanto o de De Niro, talvez até mais. Há Sharon Stone, que foi bastante elogiada na época do lançamento da fita. Recebendo uma indicação ao Oscar de melhor atriz, ao qual achei um pouco forçada. Sharon vive uma prostituta para poucos bolsos, fazendo um ótimo trabalho. Inclusive, sem precisar ser idiossincrática, não precisou mostrar seus pêlos pubianos para atuar bem.

Ao usar a palavra "fuck" 362 vezes no filme, Scorsese demostra toda a audácia que um diretor de sua grandeza têm que ter. Não achei abusiva a repetição de "Fuck", pelo contrário, cabe bem ao estilo de filme que Scorsese queria nos passar. Ele, Scorsese, é o diretor mais indicado para produzir filmes como Cassino. Uma obra dedicada como essa, visivelmente bem montada, produzida e editada, serve para silenciar à crítica americana e a academia que insiste em cometer atrocidades, como ter dado o Oscar para Scorsese por Os Infiltrados, uma de suas mais singelas obras. Não que Os Infiltrados seja um filme ruim ou que ele não merecesse levar a estatueta pelo mesmo, e sim pelo tardio reconhecimento à esse brilhante diretor.

Um comentário:

Anônimo disse...

muuito bom!