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terça-feira, 3 de março de 2009

Dom Antonio de Castro Mayer





Tradionalismo, perseguição e excomunhão.


Qual cidadão de Campos e adjacências não sabe que a região norte fluminense é o maior foco no mundo de católicos tradicionalistas? Contrários a renovação do concilio Vaticano II, mantiveram as tradições nos ritos antigos da igreja católica. Dom Antonio de Castro Mayer um baluarte dessa resistência juntamente com o Monsenhor Marcel Lefebvre, protagonizaram uma historia mundial dentro da igreja Católica. Conheceremos hoje esse grande homem de convicções firmes. O Bispo D. Antonio de Castro Mayer.

Resumo Histórico

Oriundo de uma família muito católica, entra para o Seminário Menor do Bom Jesus de Pirapora aos doze anos. Em 1922, inicia os estudos no Seminário Maior, em São Paulo, e, devido ao seu excelente desempenho, é enviado para Roma, para completar seu curso eclesiástico na Universidade Gregoriana.

É ordenado sacerdote em 30 de outubro de 1927 e pouco depois recebe o grau de doutor em Teologia pela Universidade Gregoriana. Foi professor no Seminário em São Paulo, durante treze anos, lecionando Filosofia, História da Filosofia e Teologia Dogmática. Em 1940, é nomeado assistente geral da Ação Católica. Em 1941, é nomeado cônego catedrático do Cabido Metropolitano de São Paulo e, um ano depois, torna-se Vigário Geral. Em 1945, é Vigário Ecônomo da Paróquia de São José do Belém, ocupando-se ao mesmo tempo das cátedras de religião e Doutrina Social da Igreja, respectivamente na Faculdade de Direito e no Instituto Sedes Sapientiae.

A 6 de Março de 1948, é elevado, pelo Papa Pio XII, a bispo titular de Priene e com direito a sucessão do bispo de Campos, D. Octaviano Pereira de Albuquerque. É sagrado a 23 de Maio do mesmo ano, por D. Carlos Chiarlo. Em 1949, torna-se bispo diocesano de Campos.

Durante o Concílio Vaticano II, D. António de Castro Mayer assumiu-se como um dos líderes da ala conservadora - "Coetus Internationalis Patrum". Depois de ter participado no Concílio, regressou à diocese onde mantêm com firmeza a Tradição (Campos foi a única diocese do Mundo a manter, depois da promulgação do Novos Ordo Missae de Paulo VI, o Ordo Missae de S. Pio V como rito oficial da diocese).


No dia 1 de Novembro de 1981, celebra pela última vez, Pontifical da Catedral de Campos. Com a chegada do novo Bispo Dom Carlos Alberto Navarro, mais tarde arcebispo de Niterói, os padres que se mantinham fiéis à tradição eram expulsos de suas paróquias e perseguidos. D. António decidiu apoiá-los e fundou assim a União Sacerdotal São João Maria Vianney. Juntamente com Monsenhor Marcel Lefebvre fez diversas advertências ao Papa sobre a crise que a Igreja vivia e será co-sagrante nas consagrações episcopais levadas a cabo por Monsenhor Lefebvre, em 30 de Junho de 1988, em Ecône, na Suíça. Sofreu a excomunhão latae setentiae, que o Papa declarou ter incorrido sobre Marcel Lefebvre, D. António e os 4 bispos sagrados. Em 1988, D. António realiza a última ordenação sacerdotal, pois a debilidade das forças não permitiam mais. Foram excomungados da igreja retornando anos depois.

Faleceu em 25 de abril de 1991, sendo sepultado na cripta da Capela da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo.
D. Licínio Rangel sucedeu a D. António de Castro Mayer como superior da União Sacerdotal São João Maria Vianney.

A excomunhão em que incorrera D. António de Castro Mayer não foi revogada quando da regularização da União Sacerdotal São João Maria Vianney, em 2001, que passou a ser a Administração Apostólica São João Maria Vianney. Ela poderá ser revogada agora, que os 4 bispos (Bernard Fellay, Bernard Tissier de Mallerais, Alfonso de Galarreta e Richard Williamson) consagrados por Dom Antônio de Castro Mayer e por D. Marcel Lefebvre sem mandato papal tiveram as suas excomunhões revogadas.

Fonte de pesquisa: Beneditinos e Montfort.

O blog não possui tendência religiosa e política, o que tentamos trazer para o leitor são biografias relevantes de personagens marcantes na historia de Campos e adjacências.

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