
Didi, genio genuinamente
campista
Waldir Pereira nasceu na cidade de Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro, em 08 de outubro de 1929. Como era de se esperar, cresceu jogando bola com os amigos na escola e na rua onde morava. Entretanto, com 14 anos, quase o mundo perdia de ver um de seus grandes gênios da bola em todos os tempos. Sofreu uma grave contusão no joelho durante uma pelada, na qual resultou em uma infecção que quase lhe custou a amputação de sua perna.
Totalmente recuperado, aos 16 anos de idade começou sua carreira nas categorias de base do São Cristóvão. Dois anos mais tarde estava atuando profissionalmente pelo Americano de Campos, depois seguiu para o Lençoense e para o Madureira. Mas o primeiro passo de seu grande futebol aconteceria no Fluminense, seu time de coração, para onde rumou em 1946 e por lá ficou 10 anos, sendo considerado até hoje como um dos maiores jogadores que vestiram a camisa do tricolor carioca. Foi também onde conquistou seu primeiro título como profissional em 1951: o Campeonato Carioca. Pelo clube das Laranjeiras foram 298 jogos e 91 gols, uma boa média para quem jogava no meio-campo àquela época.
Totalmente recuperado, aos 16 anos de idade começou sua carreira nas categorias de base do São Cristóvão. Dois anos mais tarde estava atuando profissionalmente pelo Americano de Campos, depois seguiu para o Lençoense e para o Madureira. Mas o primeiro passo de seu grande futebol aconteceria no Fluminense, seu time de coração, para onde rumou em 1946 e por lá ficou 10 anos, sendo considerado até hoje como um dos maiores jogadores que vestiram a camisa do tricolor carioca. Foi também onde conquistou seu primeiro título como profissional em 1951: o Campeonato Carioca. Pelo clube das Laranjeiras foram 298 jogos e 91 gols, uma boa média para quem jogava no meio-campo àquela época.

Pela Seleção Brasileira foram 74 jogos e 21 gols, tendo estreado em 06 de abril de 1952 na vitória sobre o México por 2 a 0. Disputou o Pan-americano de 1954 e 3 Copas do Mundo - 1954, 58 e 62 – sagrando-se bicampeão nas duas últimas edições.
Pela sua elegância e toque de bola refinado ganhou o apelido de “Príncipe Etíope”. Também ficou bastante conhecido por ter sido o autor do primeiro gol do estádio do Maracanã, em 1950, na derrota do combinado carioca diante do paulista por 2 a 1. Mas seu grande feito foi ter imortalizado o famoso chute “Folha Seca” (1ª foto), que atualmente recebe também o nome de “trivela”, que nada mais é do que um fortíssimo chute com a parte externa do pé. Quando a bola vai se aproximando do gol começa a descair como uma folha seca em época de outono enganando completamente o goleiro. Essa invenção se deu no ano de 1956 numa partida entre o seu então clube Fluminense e o América/RJ pelo Campeonato Carioca.
Como curiosidade cumpriu uma promessa inusitada no ano de 1957, quando conquistou o título estadual pelo Botafogo: atravessou toda a cidade do Rio de Janeiro a pé como forma de agradecimento. Além de um craque em campo, Didi também era um líder nas equipes em que atuava. Ficará marcado para sempre o seu gesto na final da Copa de 1958. Após os suecos abrirem o placar, ele foi buscar a bola no fundo do gol brasileiro e saiu caminhando lentamente para o meio de campo, conversando, dando moral aos companheiros. Para muitos jogadores, o gesto foi fundamental para que o Brasil virasse a partida e conquistasse o seu primeiro título mundial.
Após o fim de sua trajetória dentro dos campos começava outra fora das 4 linhas como treinador. Como técnico teve passagens por vários clubes, como Fluminense, Botafogo, Cruzeiro, Bangu, River Plate/ARG, Fenerbahçe/TUR, Alianza Lima/PER, entre outros. Conquistou diversos títulos, dentre eles 5 vezes campeão turco e 3 como campeão peruano. Treinou ainda a seleção peruana, tendo classificado o país à Copa do Mundo de 1970 e perdendo justamente para o Brasil nas quartas-de-final por 4 a 2.
O Príncipe Etíope abandonou definitivamente o futebol em 1987 após uma operação na coluna. Em 12 de maio de 2001, Didi, então com 72 anos, faleceu decorrente de problemas cardíacos. Um ano antes havia entrado no Hall da Fama da FIFA, que tem entre outros gênios da bola como Beckenbauer, Cruyjff, Pelé e Platini. Deixou como legado uma das mais vitoriosas carreiras, seja como o jogador que participou de duas das maiores seleções de todos os tempos, seja como o treinador de importantes conquistas internacionais.
Fonte: Botafogo
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